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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

2º DESAFIO DO PROFESSOR EM SALA DE AULA: A DISTÂNCIA ENTRE PAIS, ALUNOS E PROFESSORES


Hoje vamos tratar do 2º desafio que todo professor enfrenta em sala de aula, que é a distância entre pais, alunos e professores.

Ainda me lembro do primeiro dia de aula. Estava com minha mãe, as minhas mãos soavam, e eu com aquela blusa azul.
Quando minha mãe virou as costas, entrei em um mundo novo, tudo diferente, e aquele mundo transforma qualquer um. Como é bom o tempo de escola!

Mário Sergio Cortella diz em um vídeo pela EPC, que não se pode confundir educação com escolarização. Ele comenta que a educação é a formação de uma pessoa em sua totalidade, e a escolarização é uma parte da educação, e a missão do professor com os alunos é de escolarização e não de educação.

Comenta ainda no mesmo vídeo que muitos pais perguntam o que eles podem fazer para ajudar a escola na educação do filho, e Mario Sergio enfatiza que a questão está inversa, e sim o que a escola pode fazer para ajudar na educação do filho.


Ouço de vários pais que o período das férias é muito extenso, ouço ainda que os filhos deveriam ficar mais tempo na escola, mesmo sabendo que o ensino integral sim é uma das saídas para educação brasileira, mas não com este modelo que está ai.

Recentemente li um artigo do site http://porvir.org/  que fala também desta parte da responsabilidade dos pais em transferir valores para seus filhos, entre eles os mais citados foram:
                        ·     Amor incondicional;
                        ·     A bondade;
                        ·     O senso de justiça;
                        ·     A honestidade;
                        ·     A solidariedade...

São valores que os alunos deveriam já possuir desde o primeiro dia de aula, mas o que se vê em muitas escolas de periferia é que, muitos alunos chegam nas escolas, sem estes valores fundamentais.

Sabemos que a estrutura familiar em nossa sociedade está em decadência a tempos. Com a realidade da necessidade das mulheres auxiliar os maridos trabalhando fora, muitas crianças receberem de outros, e de forma superficial os valores citados no artigo da ABC.es, e ainda, na fase infantil os filhos imitam o que eles ouvem e o que eles veem, e este último muito mais. 


Enfrentamos também uma crise familiar no que diz respeito a lares desfeitos. Quantas crianças hoje não possuem pais separados? Isto mexe com o psicológico de nossos filhos, e reflete direto dentro da sala de aula, ainda mais quando se tem 40 alunos com um professor para gerenciar o conteúdo, consolidar o mesmo, e ainda atuar na particularidade de alunos que vem de realidades culturais, econômicas bem diversas umas das outras.

Existe claro uma diferença muito grande da participação dos pais quanto às escolas públicas das escolas particulares. Realidades totalmente diferentes em questões culturais e econômicas, mas no final da história os problemas são os mesmos. Por exemplo reunião escolar, no âmbito público elas não funcionam no decorrer da evolução do aluno quanto à série escolar.

No ensino básico, o fundamental 1, a participação dos pais é mais efetiva, já no ensino fundamental 2, a frequência dos pais às reuniões escolares diminui bastante, e quando se vai para o ensino médio então, o número de pais nas reuniões é baixíssimo.

Voltando ao vídeo de Mario Sergio, ele faz uma comparação muito pertinente, quando diz que um pai tem 2 filhos 24 horas por dia, e por quase toda vida, já nós os professores temos em média 30 a 40 alunos durante 4 horas. Muitos pais dizem que tendo duas ou uma criança por este tempo todo, tem dificuldade na educação do seu filho, quanto mais os professores tendo esta realidade de tantos alunos com tanta diversidade.

A função primordial do professor é de escolarização, de partilhar conteúdo específico para que os alunos consolidem uma formação acadêmica, e este é um outro grande problema, pois somos forçados a formar os alunos para um concurso, ou um vestibular, e não para vida.

"A tarefa de educação dos filhos é da família em primeiro lugar e do poder público de forma secundária”.  Mario Sergio Cortella




 É preciso que tanto o poder público, seja ele federal, estadual ou municipal, e pais entendam isso o quanto antes, pois a educação grita por socorro, e professores e gestores escolares não sabem o que fazer para que aconteça uma formação mais consistente, e que tenhamos uma educação mais humana no quesito escolarização e formação consistente.


Ouvi diversos professores sobre o que mais atrapalham em sala de aula, e há quase uma unanimidade nas respostas. Você gasta 30 minutos ou mais só pedindo para alunos: Senta menino, fique em silêncio, desligue o celular, deixe seu colega quieto, não levante, Preste atenção na explicação, tire o fone de ouvido.  Supondo que leve 10 minutos para passar matéria, um professor teria em média 10 minutos para explicar conteúdo, consolidar o mesmo e ainda aplicar avaliação de desempenho.

Este reflexo se traduz no baixo desempenho da mão de obra nacional, na defasagem do aprendizado, nos índices mundiais que a educação brasileira alcança.
Um país bem ranqueado no futebol, o país do carnaval, das maravilhas tropicais, é um dos últimos na educação.

É preciso criar pontes entre pais, alunos e professores. É preciso inovar nas reuniões pedagógicas que atraem novamente as famílias às escolas. É preciso transmitir aos pais, que eles não podem inverter o papel da educação que é deles para a escola e para os professores.

Se perguntar para nossos filhos se querem ir para escola, a maioria querem ficar em casa, pois as aulas são chatas, professores não motivam o aluno a estudar, a maioria dos alunos estão dispersos e não vem a escola e a educação escolar como um trampolim fundamental para seu futuro pessoal e profissional. A culpa é de quem?


A culpa é de todo sistema, mas principalmente dos pais! É preciso que haja uma transformação que alcance os pais, alunos e professores, para que a escolarização forme novamente, de forma consistente os cidadãos do futuro desta nação.

Em nosso vídeo em que o link está abaixo, falamos destes desafios, e um ponto que quero ressaltar é que muitos pais criam um mundo de fantasia para seus filhos, dando tudo que eles querem sem saber o quanto é difícil conquistar, tenho alunos do 3º ano do ensino médio que não tem noção do que é o mercado de trabalho, que ainda não sabe produzir um trabalho dentro das normas da ABNT, como estes alunos vão encarar o mercado lá fora tão competitivo?


Mantenho contato com vários ex-alunos e muitos me pedem oportunidade o tempo todo, e dizem que eu tinha razão em pegar tanto no pé em relação a se preparar melhor para o que estava por vir.

É preciso uma parceria urgente entre pais e professores. É preciso formar os pais, pois uma grande parcela deles está perdida sem saber o que fazer, é preciso criar pontes para os abismos entre pais, alunos e professores e isto é urgente, pois o futuro do país está em jogo, pois nossa sociedade precisa de formadores de opinião, de pessoas mais conscientes, que votem melhor, que sejam mais críticos e mais bem formados e informados.

Enfim, os desafios são imensos. Os pais precisam se posicionar quanto a educação de seus filhos, para que escola e professores cumpram sua parte na escolarização. O poder público não fica de fora, pois a maior parte dos filhos do Brasil estão dentro das escolas pública e é onde o cenário é cada dia pior. Uma ação conjunta é preciso, e uma pergunta é preciso fazer a você pai e mãe: VOCÊ ESTÁ CUIDANDO DA EDUCAÇÃO DE SEU FILHO?

Boa semana e até o 3º desafio que será sobre: O Modelo de Ensino Tradicional.

Professor, consultor e Palestrante
Diretor Executivo na
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